segunda-feira, 8 de junho de 2009

Crianças na missa

Há muito venho observando o comportamento de crianças durante as missas de domingo. No princípio pensei ser implicância de minha parte, afinal Jesus disse: "Vinde a mim as criancinhas."
Procuro sentar mais distante delas, porque devo confessar que desviam a minha atenção.
O que mais me incomoda é o comportamento dos pais que fingem não perceber o incômodo que seus filhos ocasionam.
Outro dia uma criança de aproximadamente 3 anos corria sobre os assentos dos bancos, saltava de um lado para outro e os pais riam enquanto todos cantavam Aleluia!
Um casal tem filhos gêmeos, estão quase todos os domingos na missa. Num domingo de chuva as crianças resolveram transformar os guarda-chuvas em espadas. Voava água para todos os lados, tive que enxugar os óculos por três vezes.
Muitas vezes não consigo ouvir a homilia porque a conversa, brigas e brincadeiras se confundem com o som dos alto-falantes.
Não pensem que sento no fundo da igreja, costumo sentar nos primeiros bancos.
O motivo do meu desabafo é o episódio ocorrido no último domingo.
Uma mãe e suas duas filhas sentaram do meu lado. As meninas riam, cantavam, trocavam de lugar durante toda a missa. Quando chegou o momento da comunhão todas foram para a fila e eu fui atrás. A menina mais nova que deve ter uns quatro anos também quis comungar e o padre explicou delicadamente que ela ainda não tinha idade. Ela agarrou na saia da mãe e começou a gritar. O padre calmamente mais uma vez tentou explicar e na fila todos aguardavam pacientemente.
A mãe então pegou a menina no colo e voltou para o seu lugar. Eu após a comunhão ainda ajoelhada em oração, ouço a mãe dizer que isso era um absurdo e pede para a filha mais velha voltar ao altar e pedir para o padre que desse a hóstia para a sua filhinha porque ela era uma criança e iria ficar com vontade.
Meu Deus!
Que mundo é esse?
Pasmem! As meninas foram e o padre explicou novamente.
Caos total!
A menina volta aos berros para o banco e a mãe blasfema.
Eu me contenho!
A missa termina e eu vou até o mural ver o dia da próxima confissão.

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